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Além dos benefícios de manter a saúde e conforto dos colaboradores, a redução dos riscos ergonômicos é uma exigência legal para o funcionamento empresarial

28 de Abril é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, e não há como abordar essa temática sem falar de ergonomia, aspecto fundamental para o bom funcionamento de qualquer instituição. O aumento da produtividade das equipes, a redução de custos com contratações extras para cobrir o quadro de funcionários afastados e, principalmente maior conforto e segurança no trabalho estão entre os principais benefícios de manter a ergonomia da empresa em dia.

Além dos pontos favoráveis, a ergonomia é uma exigência legal para o funcionamento das empresas. Segundo o especialista em mobiliário corporativo Danilo Urbano, da Workline Soluções, os riscos ergonômicos são previstos na Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) e a falta ou isenção da ergonomia nas empresas pode resultar em multa trabalhista ou ainda na interrupção do serviço até que o espaço ofereça a segurança que o colaborador precisa

O fisioterapeuta do trabalho e ergonomista sênior Rodrigo Marçal, parceiro da Workline, explica que o objetivo da ergonomia é desenvolver e aprimorar, de forma confortável e produtiva, a interface entre o ser humano e suas atividades de trabalho. “Ao adaptar as condições das tarefas de trabalho executadas às características profissionais, ela evita os possíveis riscos ergonômicos e proporciona maior conforto, saúde, segurança, bem-estar e, principalmente, o aumento da produtividade”, afirma o profissional.

Como evitar o descumprimento da NR 17

O não cumprimento da NR 17 pelos empregados e empregadores pode acarretar em inúmeras consequências, tanto para a empresa quanto para o empregado. Segundo Rodrigo, havendo alguma irregularidade durante a fiscalização, seja a ausência de uma análise preliminar do risco ergonômico ou até mesmo da Análise Ergonômica do trabalho, as empresas sofrerão notificação específica e será estipulado um prazo para que as correções sejam realizadas. “Decorrido o prazo da notificação, outra inspeção acontece e, se houver a continuidade da irregularidade, um procedimento é iniciado para a aplicação de multa à empresa, que poderá responder processo perante a justiça do trabalho”.

Já no caso de recusa injustificada do empregado ao cumprimento da NR 17, Rodrigo afirma que é caracterizado um ato faltoso e colaborador fica suscetível às penalidades previstas na legislação. “Portanto, é extremamente importante que as empresas deem a devida atenção à aplicação da ergonomia dentro do ambiente de trabalho, a fim de se evitar futuros problemas trabalhistas”, orienta o ergonomista.

“As empresas devem ter alguns cuidados como identificar os possíveis fatores de risco ergonômico, realizar as medidas de melhoria necessárias para os riscos encontrados e não omitir as informações dos possíveis riscos ergonômicos aos empregados”, salienta Rodrigo.

A escolha do mobiliário também é primordial no processo de redução dos riscos ergononômicos. De acordo com Danilo Urbano, é fundamental considerar as necessidades mais individualizadas dos colaboradores. “Para isso, é essencial optar por móveis que se adaptem às necessidades de cada pessoa. Questões como a postura, a altura da mesa e até mesmo a posição do teclado do computador, também devem ser levados em conta”, destaca o especialista.

Dicas para quem quer investir mais em economia

1 - Elaborar um programa de ergonomia que seja contínuo (permanente);

2 - Realizar o levantamento dos riscos ergonômicos;

3 – Investir em um mobiliário adequado e adaptável à necessidade de cada colaborador;

4 - Promover a conscientização dos funcionários quanto aos possíveis riscos;

5 - Criar treinamentos e palestras sobre os riscos ergonômicos e sua prevenção de forma continuada e evidenciar a importância do assunto;

6 - Solicitar a participação dos empregados nesse programa, realizando o aperfeiçoamento do programa sempre que necessário.