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Quando pensamos em ergonomia, a primeira coisa que passa pela cabeça é o aspecto físico. Manter uma boa postura durante o trabalho, cuidar de articulações e do corpo em geral são as primeiras associações que nossa mente faz quando pensa no assunto.

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, a ergonomia é o bem-estar dos aspectos físicos, cognitivos e relacionais. Para que estejamos em posição de obter sucesso pessoal e profissional, é necessário que prestemos atenção em todos esses fatores. E é aí que surge a ergonomia cognitiva.

Basicamente, a ergonomia cognitiva visa ajudar as pessoas a lidarem com trabalhos mentalmente exaustivos. Para que estas tarefas sejam executadas de maneira correta, é indispensável que os profissionais estejam preparados mentalmente para o esforço que os aguarda. Para ser mais específico, ela visa auxiliar na capacidade de memorização, atenção, percepção e outros processos cognitivos. Na década de 1960, o psiquiatra Louis Le Guillant promoveu um estudo que comprovou a ligação entre o desempenho nas tarefas, a usabilidade das máquinas e a ergonomia cognitiva.

Nos dias atuais, a ergonomia cognitiva contribui para que os profissionais desempenhem suas atividades sem abrir mão do bem-estar psicológico e mental. Afinal de contas, uma sobrecarga mental também pode gerar prejuízos físicos ao corpo. O ergonomista, encarregado de avaliar se existem excessos de estresse e cansaço mental, por exemplo, é quem vai identificar o impacto que cada atividade traz para as pessoas. Muitas vezes, esses impactos podem ser identificados na forma de transtornos de humor, síndromes e outros desconfortos para o colaborador.

Além disso, é o ergonomista que fica responsável por solucionar esse problema através da implementação de sistemas que propiciem a realização saudável das atividades propostas pela empresa aos trabalhadores.

O investimento em ergonomia cognitiva, então, é extremamente benéfico, tanto para a empresa quanto para seus colaboradores. Além das melhoras perceptíveis nas funções cognitivas, há uma melhora na qualidade de vida e na produtividade no trabalho.

Por consequência, a rotatividade é diminuída graças a esse ramo da ergonomia. Funcionários produzem mais e, portanto, não são demitidos. Ao mesmo tempo, se sentem felizes e por isso não pensam em sair.

Sendo assim, é notório que a implementação da ergonomia cognitiva só tende a auxiliar todas as partes envolvidas. A empresa ganha em organização e produtividade, e o funcionário em qualidade de vida.